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Apneia obstrutiva do sono: o que é, sintomas e tratamento

  • Foto do escritor: Sonoclin
    Sonoclin
  • 20 de ago.
  • 3 min de leitura
Ronco

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio respiratório caracterizado pela obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono, resultando em pausas na respiração e quedas nos níveis de oxigênio no sangue. Esse quadro pode causar prejuízos significativos à qualidade de vida e à saúde cardiovascular, sendo um problema frequentemente subdiagnosticado.

 

O que causa a apneia obstrutiva do sono?


A apneia obstrutiva ocorre quando os músculos da garganta relaxam excessivamente durante o sono, levando ao colapso das vias aéreas. Essa obstrução impede a passagem do ar, causando despertares breves e recorrentes ao longo da noite — muitas vezes sem que a pessoa perceba.


Entre os principais fatores de risco estão:


  • Obesidade ou sobrepeso

  • Idade (a redução do tônus muscular com o passar dos anos aumenta o risco de obstrução das vias aéreas)

  • Alterações anatômicas (a mandíbula pequena ou recuada pode diminuir o espaço para a passagem de ar)

  • Histórico familiar de AOS

  • Uso de álcool ou sedativos

 

Quais são os sintomas da apneia obstrutiva?


Os sintomas mais comuns incluem:


  • Ronco alto e frequente

  • Pausas na respiração observadas por terceiros

  • Despertares noturnos com sensação de sufocamento

  • Sono não reparador

  • Sonolência excessiva durante o dia

  • Irritabilidade, dificuldade de concentração e perda de memória

  • Cefaleia matinal (dor de cabeça ao acordar)

 

Esses sinais são um alerta importante e devem motivar a busca por avaliação médica especializada.

 

Quais os riscos da apneia não tratada?


A apneia obstrutiva do sono não é apenas um incômodo noturno. Quando não tratada, ela pode levar a complicações sérias, como:


  • Hipertensão arterial

  • Arritmias cardíacas

  • Infarto do miocárdio

  • Acidente vascular cerebral (AVC)

  • Diabetes tipo 2

  • Impotência sexual

  • Maior risco de acidentes de trânsito e trabalho

 

O diagnóstico e tratamento adequado da AOS são fundamentais para evitar essas complicações e preservar a qualidade de vida.

 

Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico da apneia obstrutiva do sono é realizado por meio da polissonografia, um exame que monitora diversas funções do organismo durante o sono, como:


  • Fluxo aéreo

  • Frequência cardíaca

  • Níveis de oxigênio no sangue

  • Movimentos respiratórios

  • Estágios do sono


Esse exame pode ser feito em laboratório ou por meio de dispositivos portáteis, conforme orientação médica.

 

Quais são os tratamentos disponíveis?


O tratamento depende da gravidade da apneia e das características individuais do paciente. As opções incluem:

 

1. Medidas comportamentais:

  • Redução de peso

  • Evitar álcool e sedativos

  • Alterar a posição corporal durante o sono (auxilia em casos leves)

 

2. Uso de CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas):

Esse dispositivo consiste em uma máquina que gera um fluxo contínuo de ar pressurizado transportado por um tubo até uma máscara que o paciente usa para dormir, a principal função é manter as vias aéreas abertas para que não ocorra interrupção na respiração durante o sono. É um tratamento usado em casos mais graves.

 

3. Dispositivos orais:

Indicado em casos leves a moderados ou quando há intolerância ao CPAP. São aparelhos intraorais que avançam a mandíbula e mantêm as vias aéreas desobstruídas.

 

4. Intervenções otorrinolaringológicas:

Em alguns casos, pode ser necessária cirurgia para corrigir anomalias anatômicas, como desvio de septo, hipertrofia de amígdalas ou alterações mandibulares. As cirurgias nasais trazem benefícios na qualidade do sono, na redução da sonolência diurna e do ronco e contribuem com a adaptação ao uso do CPAP, normalmente sendo indicadas em conjunto com outros tratamentos terapêuticos.

 

5. Cirurgias bucomaxilofaciais:

Essas intervenções acontecem em casos de alterações crânio faciais como situações de mandíbula pequena, posterior e palato alto, podendo corrigir a apneia do sono.

 

6. Intervenções com fonoaudiologista:

A terapia mio funcional orofacial realizada pelo profissional de fonoaudiologia tem se mostrado eficaz na modificação dos músculos da região orofacial e orofaríngea. O objetivo é melhorar o tônus e a organização funcional dando suporte aos músculos por meio de um programa específico de exercícios, é um tratamento coadjuvante a outras terapias.

 

A importância do acompanhamento com um especialista


O acompanhamento com um médico especialista em medicina do sono é essencial para o diagnóstico preciso e a escolha do tratamento mais adequado. A apneia é uma condição crônica e exige monitoramento contínuo para garantir resultados eficazes e duradouros.


Na Sonoclin, oferecemos estrutura completa para investigação e tratamento dos distúrbios respiratórios do sono, com equipe qualificada e atendimento personalizado.

 
 
 

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